A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira o texto principal do
Projeto de Lei Complementar (PLC) 366/13 do Senado Federal, que já foi apelidado de "
imposto do Netflix", por determinar a cobrança de
Imposto Sobre Serviços (ISS) a
serviços de streaming, além de aplicação de pierciengs e tatuagens, transporte funerário, cremação e
comercialização de jogos pela internet, além de outras áreas. O texto ainda está sujeito a alterações, já que o projeto ainda tem que voltar para o Senado.
O PLC aprovado nesta quinta proíbe que municípios deem isenção sobre o ISS e estabelece ainda que a alíquota seja de pelo menos 2%, tudo para evitar a chamada "guerra fiscal". A votação das emendas e dos destaques que visam a alterar o texto foi adiada para a próxima semana.
De acordo com a proposta, a desobediência às regras do texto será considerada ato de improbidade administrativa. O texto estabelece ainda que o ISS não poderá ser objeto de isenções, incentivos e benefícios tributários ou financeiros, inclusive de redução da base de cálculo ou de crédito presumido.
O relator da matéria, deputado Walter Ihoshi (PSD-SP), defendeu o fim da guerra fiscal provocada por alíquotas diferenciadas que, muitas vezes, são oferecidas para a implantação de algum negócio em município.
– Esse projeto vai estabelecer uma base mínima de 2% do ISS e acabar com a guerra fiscal. Também temos de atualizar a lista dos novos serviços que não constam na lista atual e, sobretudo, os serviços de internet, como a Netflix, que não é tributada – disse o relator.
As novidades foram alvo de crítica por parte de alguns deputados:
– Até os mortos pagarão impostos no governo do PT. É um absurdo tributar a morte – disse o líder do DEM, Mendonça Filho (PE).